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Museu Marítimo do Brasil

A implantação do museu origina-se da configuração espacial do sítio no qual está inserido. O píer com formato longilíneo sugere uma forma alongada que se eleva ao longo de sua estrutura. Uma volumetria horizontalizada e laminar que se coloca ao longo de toda sua extensão. A fim de possibilitar a continuidade da perspectiva de quem observa o mar a partir da praça, o edifício foi elevado, deixando a superfície do píer livre visualmente e desimpedido para circulação de pessoas, veículos e o atracamento das embarcações.

O edifício laminar e contínuo poderia configurar uma forma elementar e previsível, podendo se tornar muito austera e monótona na paisagem. Com isso, a partir da análise da setorização e do conjunto de necessidades arquitetônicas, segmentou-se a volumetria, propondo uma área de acesso mais evidenciada, posicionada de modo a separar os setores principais de apoio/serviço e exposição.

A visita ao museu se inicia do lado externo. A partir da Orla Pref. Luiz Paulo Conde o visitante é convidado a entrar pela “Praça dos Rios”, instalação com espelhos d’água representando os maiores rios brasileiros. Um grande gráfico em escala ampliada proporciona uma experiência prática para a compreensão da grandiosidade dos rios, que estão representados em proporção ao seu volume de água. 

Para direcionar o acesso e estabelecer uma relação maior do museu com o seu entorno urbano, foi proposto no atracadouro, em frente ao edifício, uma área de deck sobre a água que configura um largo de chegada e direciona o fluxo de visitantes para o hall de acesso. Este local aberto e coberto é sutilmente delimitado por brises que mantém a permeabilidade visual entre os lados interno e externo (voltado para o mar) do píer. Também é nesse lugar que está a circulação vertical e as entradas para as áreas de apoio/serviço e exposição. Esse espaço abriga ainda a bilheteria geral, loja e a rampa de acesso às exposições e ao bloco sul, onde foram colocadas as atividades de apoio ao museu: auditório, área educativa, administração, entre outros.  Nos blocos ao norte estão as áreas expositivas.

O primeiro bloco expositivo possui pé-direito duplo e suporta uma diversidade de arranjos de layout. O segundo bloco possui em parte um mezanino, assim temos a possibilidade de criar espaços de tamanho e alturas diversos, tornando a experiência mais dinâmica. Nos espaços expositivos foram colocadas algumas aberturas para o exterior com janelas, garantindo uma boa relação com o espaço externo. Entre os blocos, a relação com o exterior se intensifica e é possível uma saída para o terraço externo que poderá ser aproveitado pela exposição. 

No último bloco foi colocada a principal peça prevista para a coleção do museu, a Galeota Real de D. João VI. Uma rampa ao redor do barco garante a contemplação da embarcação por diversas alturas e ângulos e leva ao mezanino onde estão as exposições temporárias. Nesse ponto a circulação vertical por escada e elevadores permite a saída do museu ou a continuidade para as galerias temporárias. Um acesso ao terraço do edifício também acontece nesse ponto, onde foi locado o helicóptero. Ao sair do museu na ponta do píer, propositalmente garantimos o fluxo de visitantes em toda a extensão do vão, onde estão outras peças expositivas, como a aeronave de combate e os acessos às embarcações ancoradas com visitação interna. No caminho para a saída foram locados o espaço para café e a loja.

O acesso de carga/descarga e técnico ao museu ocorre na porção central do prédio. A criação do vão possibilita o trânsito de veículos de carga sem prejuízo aos demais usuários, e direto à um ponto estratégico. Um elevador de carga conecta os dois pavimentos com exposições.


Nome Museu Marítimo do Brasil


Local Rio de Janeiro – RJ


Ano 2021


Status Concurso


Área 6.914,25m²


Cliente Marinha do Brasil


Equipe Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Suzanna de Geus, Carolina Scherer, Rafael Hansen, Lukasz Staniszewski